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São José

O Pe. Fundador alimentava desde o início de sua obra uma grande confiança em S. José, especialmente em relação às necessidades materiais da Congregação. Conseguiu o primeiro efeito desta confiança quando no ano de 1856 S. José o ajudou eficazmente na reforma do antigo oratório da primeira casa da Congregação:
“O divino Coração de Jesus abençoava nossos esforços; os fiéis, em grande número, assistiam às cerimônias; mas, infelizmente, um acidente veio de repente perturbar a nossa alegria; um lado inteiro da parede da capela, do lado de São José, ruiu durante a noite. De que jeito reconstruí-la? Dinheiro não tínhamos; dirigimo-nos ao glorioso esposo de Maria, a esse amigo tão fiel do Coração de Jesus. E assim lhe falamos: ‘- O desastre aconteceu do seu lado da capela, então compete a você reconstruir isso!’. Nossa oração foi ouvida: uma alma caridosa ofereceu-nos, inesperadamente, o dinheiro suficiente para restaurar o que desabara…”

Nas primeiras Regra dos MSC, o Revmo. Padre declara: “Como São José foi apoio, amigo e defensor do Coração de Jesus e de Nossa Senhora, a Congregação colocará suas casas, agora e no futuro, debaixo da custódia deste insigne protetor, e o reconhecerá sempre como seu Dono e Provedor.” Por ocasião da primeira expulsão dos religiosos da França, ele o declarava novamente “Guarda e Protetor de todas as casas da Congregação” e impõe o costume de invocá-lo todos os dias, nas orações da manhã e da noite e no exame de consciência ao meio dia.

Mas nosso Padre não somente declarou S. José Guarda e Protetor da vida corporal dos Missionários do Sagrado Coração, mas também Protetor e Exemplo de sua vida espiritual. Quis, pois, que S. José assim como Maria, fosse venerado em suas relações com o Sagrado Coração de Jesus. Por isso procurou um título que exprimisse estas relações. Como o título “Amigo do Sagrado Coração” não agradasse ao S. Ofício, propôs outro, a saber “Exemplo e Padroeiro dos amigos do Sagrado Coração de Jesus”. Este foi aprovado e ainda está em uso em nossas orações comuns.

O Pe. Fundador assim explica o sentido desse título:
“Um modelo encerra em si a perfeição que se deve procurar imitar, na medida do possível. Dizer que S. José é o exemplo de todos os que amam o Sagrado Coração de Jesus, é o mesmo que dizer que ele chegou a tal grau de amor ao Coração de Jesus que é impossível ultrapassá-lo, e mesmo alcançá-lo. Tudo que podemos fazer é procurar imitá-lo, implorando-lhe o socorro e a proteção; eis porque a Igreja não somente o proclama Modelo, mas também, Padroeiro de todos os cristãos que querem amar o Sagrado Coração de Jesus e fazer progresso em seu amor”.
É de suma conveniência, portanto, se quisermos mais facilmente atingir nosso fim especial (…) ter S. José diante dos olhos, pedir-lhe e implorar-lhe o auxílio com grande confiança.

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